O NDH (Núcleo de Direitos Humanos) do Centro Universitário Moura Lacerda promoveu, em 18 de maio, sua 1ª Roda de Conversa, realizada na Praça Central da Unidade I/Sede. A atividade teve como tema “13 de Maio: Abolição? Para quem?” e convidou quem passasse pelo local, no intervalo de aulas, a discutir temas de relevância no cenário atual brasileiro, como os preconceitos social, racial e de orientação sexual, pautados em casos que ganharam repercussão local e internacional nos últimos meses. Participaram da ação, organizada pela professora e coordenadora do NDH, Flávia Meziara, cerca de 150 pessoas.

Os universitários foram recepcionados com letras autorais de rap produzidas e cantadas pelo grupo Revolução Explícita (Bairro Jardim Paiva). A Roda foi conduzida por Natasha Vital, estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Cassiano Figueiredo dos Reis e Luanda Oliveira, ambos do Curso de Direito. A conversa teve início com a discussão sobre a real situação do racismo no Brasil e as polêmicas em torno da Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888 e que aboliu, apenas formalmente, a escravatura no país. O caso Luana Reis – ribeirão-pretana negra, lésbica e moradora da periferia agredida por policiais militares, em abril, que faleceu semanas depois vítima de traumatismo craniano sob suspeitas de homofobia e racismo – também esteve em pauta.

“O negro não é vítima, mas as políticas de inclusão estão atrasadas e não contemplam a universalidade dos direitos de modo a tratar a população como uma só. As elites, donas do poder, não assumem, mas a sociedade brasileira é racista e não se preocupará com essa questão, da maneira adequada, enquanto o problema não bater à porta de casa”, disse Paulo Merli Franco, advogado e coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Aarp (Associação dos Advogados de Ribeirão Preto).

Envolvimento de todos

Isadora Hodnik, aluna do 2º semestre de Pedagogia, acompanhou a Roda de Conversa até o fim e aprovou a iniciativa. “Deveria haver mais momentos como esse, incentivados pela instituição universitária, na qual os estudantes saem das carteiras e se tornam protagonistas da transformação social que tanto desejamos. O preconceito racial é apenas um dos diversos problemas diretamente ligados ao desrespeito aos direitos humanos e deve ser combatido mesmo por aqueles que não sofrem, em alguma esfera, com esse problema”, afirmou.

A ideia de promover o evento fora de sala de aula ou de auditórios teve como objetivo deixar a atividade com caráter mais informal e integrativo, de acordo com Flávia Meziara. “A roda é democrática e abre espaço a todas as opiniões, inclusive com histórias pessoais que acrescentam muito a momentos como esse. De algum modo, podemos despertar a consciência dos estudantes para que se tornem também fiscais e ajam no sentido de ser agentes, observando comportamentos e atuando para que nosso meio seja cada vez mais igualitário”, concluiu.

Ainda foram expostos em um telão, na Praça Central, durante toda a noite, telas que apresentavam dados resultantes de pesquisas do NDH sobre a condição desigual do negro no Brasil, sob vários aspectos. O Núcleo faz reuniões semanais e mais informações podem ser obtidas pelo e-mail direitoshumanos@mouralacerda.edu.br ou telefone 2101-1085.

 

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