Provas de roupa, ajustes de última hora, acompanhamento de cabelo e maquiagem e orientação aos modelos antes de entrar na passarela. Estes foram alguns dos desafios enfrentados pelos alunos do Curso de Moda do Centro Universitário Moura Lacerda durante os três dias do IFA (Interior Fashion Arts), realizado no Centro de Eventos Taiwan, em Ribeirão Preto, de 20 a 21 de outubro. Os estudantes vivenciaram o trabalho nos bastidores de desfiles profissionais, como do estilista João Pimenta, conhecido por radicalizar a moda masculina brasileira atual, devido ao mix de referências femininas marcantes em seus trabalhos.

A agitação do backstage foi o que conquistou Luisa Crozariollo, do 6º período da graduação, e a fez mudar de ideia quanto aos rumos da profissão. “Sempre achei que gostaria de ser estilista e até por isso ingressei no Curso de Moda. Mas depois de experimentar os bastidores desse e de outros desfiles que trabalhei, resolvi que quero atuar na produção, que é mais dinâmica”, contou.

Já Victória Braidotti, do 6º período, quer seguir a carreira de estilista. Para ela, ter a chance de ver de perto todo o trabalho realizado nos bastidores foi uma oportunidade maravilhosa. “No backstage, tivemos a chance de acompanhar como um estilista profissional pensa, aprender de que forma as roupas devem ser organizadas e observar cada detalhe da produção de um desfile. Tudo isso é muito valioso para o nosso currículo”, disse. Além de João Pimenta, também estiveram nas passarelas do IFA as marcas Golfe Class, Le Diamond, W. Veríssimo, Leandro Benites, Tunally, Mariana Rosa, entre outras.

Coleção “Elza Junqueira Leite de Moraes”

O Moura Lacerda também marcou presença na Feira de Negócios do IFA. Ao centro do Salão Safira, os vestidos expostos da Coleção “Elza Junqueira Leite de Moraes” atraíam a atenção de quem entrava no local. As peças exclusivas do vestuário da socialite moradora de Orlândia e falecida em 2003 foram doadas para o acervo do Curso de Moda por sua filha, Elza Leite de Moraes. “Os modelos foram usados pela minha mãe em grandes eventos da cidade onde ela morava. Como a moda é muito flexível, com tendências que voltam a todo o momento, acredito que serão de grande valia para os estudantes”, disse a herdeira.

Segundo a coordenadora da graduação, Leda Braga Ferraz, os itens doados são de fundamental importância para a história da moda. “Por meio deles, também conseguimos reproduzir um retrato da sociedade da região naquela época”, ressaltou. A coleção foi composta por sete vestidos dos anos 1950 a 1990, assinados por estilistas renomados como Christian Dior, Madame Georgina, Rita Russo e Dener Pamplona de Abreu.

A peça deste último – um modelo longo de festa decotado e acinturado com saia levemente franzida e capa bordada – foi considerada a de maior peso para a exposição. “É um vestido feito em método de alta costura, diferente do pret-a-porter de Dior, por exemplo. Além disso, Dener é um dos estilistas brasileiros de maior renome e que conseguiu grande projeção na época”, concluiu Leda.

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