As questões que giram em torno da nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular) foram as principais abordagens da XXII Semana da Pedagogia do Centro Universitário Moura Lacerda, de Ribeirão Preto (SP), realizada de 23 a 27 de outubro. Diversos especialistas ministraram palestras acerca das características e das mudanças que o documento, que tramita no Congresso Nacional, poderá sofrer. Segundo o MEC (Ministério da Educação), “a BNCC norteia os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil”. No modelo proposto, o Ensino Médio ficará de fora, sendo alterado por proposta direta do próprio MEC.

A XXII Semana da Pedagogia começou com a apresentação do musicista Rafael Marangoni, estudante da USP (Universidade de São Paulo). A convite da professora Rejane Kobori, ele recepcionou alunos, professores e convidados com uma apresentação de músicas clássicas. Em seguida, a pedagoga Anita Adas, mestre em Educação Escolar, abriu o ciclo de palestras abordando o tema “Os Anos Iniciais do Ensino Fundamental e a Nova Base Nacional Comum Curricular”.

No 2º dia de evento, os alunos do período da manhã assistiram a palestra “A Educação Infantil e a Nova Base Nacional Comum Curricular”, ministrada por Bianca Cristina Corrêa, doutora em Educação e professora na área de Políticas e Práticas de Educação Infantil na USP, campus de Ribeirão Preto. À noite, os participantes da semana tiveram uma aula de geopolítica com o professor Fernando Gelfuso para discutir o contexto político do novo documento. O convidado, graduado em Ciências Sociais e em História, abordou a “Nova Base Nacional Comum Curricular no Contexto das Políticas Públicas de Educação no Brasil”.

Francisca Paris iniciou o 3º dia da XVI Semana da Pedagogia falando sobre a “Nova Base Nacional Comum Curricular e o Desenvolvimento de Habilidades e Competências na Aprendizagem”. A professora possui especialização em Psicologia e mestrado em Educação. Como docente, atuou da Educação Infantil até a Pós-Graduação, porém, aperfeiçoou-se como alfabetizadora. A palestra foi bem elogiada pelas alunas Andrea Ramos e Keila Cardoso, ambas do 6º período. “O tema foi muito pontual, pois abordou, de forma efetiva, nossa atuação no mercado e como funciona o processo de ensino e aprendizagem”, afirmou Andrea Ramos.

Michele Costa, doutora em Educação pela Unicamp (Universidade de Campinas) e professora do Instituto Federal de São Paulo, Campus de Sertãozinho (SP), encerrou o ciclo de palestras com o tema “A Questão de Gênero e a Base Nacional Comum Curricular”. Para Higor Renzi, do 6º período, a temática foi bastante eficiente. “Neste contexto, não há questões ligadas somente a transexualidade. Eu mesmo já sofri uma forma de preconceito ao buscar uma oportunidade de estágio. Senti que as escolas dão prioridade para educadores do sexo feminino”, contou o aluno, que acredita que, independente do gênero, o papel do professor é atuar como agente de mudanças e quebrar paradigmas da sociedade. Ele, que é de Serrana (SP), agora conseguiu um estágio em uma escola de Ribeirão Preto.

Cultura e educação

A semana acadêmica foi encerrada com o espetáculo infantil “A Princesa que Não Queria Casar”, interpretado pelo Coletivo Artístico Magote. A peça surgiu do desejo de transformar em teatro a reflexão do empoderamento feminino para crianças. Para isso, utiliza o universo dos contos de fadas com a intenção de repensá-los diante de uma sociedade contemporânea que necessita cada vez mais dialogar sobre a igualdade de gênero. Ao final da exibição, o autor e diretor João Paulo Fernandes e o elenco bateram um papo com os participantes.

Um passo à frente

Tadeu Lopes, coordenador do Curso de Pedagogia, contou que a semana acadêmica foi planejada desde o início do ano. Junto aos professores, ele buscou uma temática atual e que contribuísse para o aprendizado dos alunos. “A nova Base Nacional Comum Curricular é um assunto amplo e que gera diversas discussões. Ela ainda não está sendo aplicada, mas nossa intenção foi ‘sair na frente’ e fazer com que os graduandos refletissem sobre o rumo das políticas públicas de educação no Brasil e o seu impacto na atuação do profissional da educação no mercado de trabalho”, disse. Para o professor Franco Rodini Garcia, trata-se de um tema essencial para a formação dos novos educadores. “Vivemos um momento histórico de revisão do documento e que envolverá a transformação da sociedade, uma vez que haverá mudanças nas perspectivas sociais, políticas e culturais. O aluno precisa ter noção da atualidade e do que encontrará no futuro”, afirmou.

Maria Mastrangelo, do 4º período, disse que gostou do evento como um todo. “As palestras nos ajudaram a tirar dúvidas e analisar o desenvolvimento de nossas habilidades e competências”, contou. Para Natalia Amâncio, do 8º período, ficou clara a importância do processo educativo de um aluno. “A formação não deve ser apenas cognitiva, mas também social, psicológica, humana e cultural. Aquilo que trabalhamos nas escolas se reflete na sociedade”, ressaltou. Karine Carla, também do 8º período, lamentou que essa tenha sido sua última participação nas semanas acadêmicas do curso. “Estou terminando a Graduação, mas pretendo voltar sempre que possível. Atividades como essa trazem um aprendizado extra e uma atualização para o profissional”, concluiu a aluna.

 

 

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