O evento contou com a participação especial da doutora Flávia Piovesan, considerada uma das maiores juristas na área, do professor de História Jonas Pereira Paschoalick e do ativista da Frente LGBT de Ribeirão Preto Roberto da Silva Barros. As reuniões foram realizadas na Unidade I/Sede, na segunda-feira (27/10) e na terça-feira (28/10)


O I Colóquio Regional de Direitos Humanos promovido pelo Centro Universitário Moura Lacerda foi um sucesso. O evento contou com a participação especial da doutora Flávia Piovesan, considerada uma das maiores juristas na área, com atuação nacional e internacional, do professor de História Jonas Pereira Paschoalick e do ativista da Frente LGBT de Ribeirão Preto Roberto da Silva Barros. Os encontros foram realizados na Unidade I/Sede, na segunda-feira (27/10) e na terça-feira (28/10).

 

No primeiro dia de atividades, a doutora Flávia Piovesan integrou a reunião inaugural do Núcleo de Estudos e Diálogos em Direitos Humanos do Centro Universitário. O local recebeu uma plateia diversificada, com profissionais de vários campos de atuação. “Eu aplaudo a iniciativa extraordinária da criação deste bloco. Sinto-me, inclusive, privilegiada por estar aqui. Os Direitos Humanos possuem um potencial social transformador e merecem o diálogo com a realidade. O primeiro desafio é o de provocar uma reflexão sobre o tema e o Centro Universitário é um caminho para a criação de ‘pontes’. A Instituição pode, por exemplo, ser mais um importante canal de recebimento de denúncias”, declarou Flávia. Em seguida, a especialista ministrou uma palestra sobre “Sistemas Internacionais de Proteção aos Direitos Humanos: a Europeização do Sistema Interamericano e a Americanização do Sistema Europeu”.

 

Na segunda etapa do Colóquio, as atividades foram iniciadas com a discussão sobre “Estado e Criminalização”. O professor de História, graduando em Ciências Sociais e participante de mobilizações sociais em Ribeirão Preto, Jonas Pereira Paschoalick, abordou, também, o recente cenário eleitoral. “O que todos nós observamos com muita clareza foi o ódio disseminado pelas redes sociais contra os pobres e os nordestinos nos últimos dias”, explicou.

 

Roberto da Silva Barros, biomédico e ativista da Frente LGBT de Ribeirão Preto, falou sobre a “Criminalização da LGBT fobia”. O ativista elencou uma série de crimes sofridos pelos homossexuais. “A opressão não se dá apenas quando somos obrigados a ficar em silêncio, mas, inclusive, na maneira como o discurso nos é direcionado. É necessário haver a tipificação destes atos homofóbicos. As minorias foram historicamente deixadas de lado e precisam, todos os dias, lutar para conquistar os seus direitos básicos. Os paradigmas devem ser quebrados, pois, de fato, não pode haver um padrão de normalidade. Afinal, o que é certo e o que é errado? Hoje, se estou em alguma praça com o meu companheiro, fico com medo de ser agredido. As pessoas sofrem violência simplesmente por serem homossexuais”, afirmou.

 

A coordenadora de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão do Moura Lacerda, Flávia Meziara, comemorou o resultado do projeto. “O nosso objetivo é o de fomentar o diálogo construtivo, com respeito, que dê o direito de falar, de ouvir, de entender e de expor opiniões plurais. Com a finalização deste primeiro Colóquio, percebemos como é imprescindível trazer estas ações para dentro do meio acadêmico”, disse.

 

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