Heitor Kooji Mello Matsui apresentou uma análise crítica contundente

sobre a política habitacional atual, seus programas e o impacto da

massificação, da homogeneização das periferias e das paisagens urbanas

 

O arquiteto e urbanista Heitor Kooji Mello Matsui, da Secretaria de Planejamento e Gestão Pública da Prefeitura de Ribeirão Preto, esteve com os alunos do 4º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário Moura Lacerda, no dia 27 de agosto. Ele ministrou a palestra “A produção habitacional de interesse social no município de Ribeirão Preto”. O convite partiu dos professores que lecionam a disciplina Projeto de Arquitetura III, Tânia Maria Bulhões Figueira, Rita de Cássia Fantini de Lima e Onésimo Carvalho de Lima.

Matsui trouxe para a pauta do debate reflexões sobre uma cultura pautada no lucro imediato, que norteou a construção das cidades ao longo do tempo. Como exemplo citou a vasta área urbana ocupada pelo sistema viário do tipo rodoviarista, sobretudo, em Ribeirão Preto, que sempre priorizou a ocupação dos espaços pelos carros, e privilegiou a construção de ruas largas que exigiram alto investimento em pavimentação, com graves consequências ambientais, sociais e econômicas.

Ele analisou, assim, a importância de entender uma recente proposta da Política de Mobilidade Nacional, que resultará em uma nova “alfabetização” urbanística e em uma política habitacional focada em prover soluções para a convivência da comunidade, que promova a igualdade de disponibilidade e a qualidade dos serviços públicos.

“Foi uma excelente oportunidade para aprofundarmos e entendermos os problemas relacionados à produção de moradia para a população de baixa renda em nossa cidade. É importante conhecermos os projetos que estão em experimentação e desenvolvimento e sabermos como o Poder Público tem encontrado soluções para problemas deste porte e grau de importância social, repensando os espaços e, principalmente, propondo uma nova dinâmica que combata a homogeneização das periferias e das paisagens urbanas”, ressaltou Tânia Figueira.

A proposta da disciplina Projeto de Arquitetura III é que os alunos construam um conjunto habitacional para alocar família de baixa renda, entendendo todos os aspectos sociais, econômicos, culturais e humanos que envolvem este processo. Que considerem os parâmetros legais e a proposta orçamentária, encontrando o equilíbrio entre eles e o potencial criativo de seus projetos.

“Estamos fazendo um trabalho de imersão na realidade. Visitamos a periferia, falamos com as pessoas, buscamos entender o que elas precisam. Este processo exige pensar o outro no contexto de suas necessidades para além das nossas próprias referências e da nossa trajetória pessoal”, analisou a professora.

 

 

A universidade construindo diálogos

 

“Acreditamos na aproximação entre a universidade, a gestão pública e o mercado. E ser o elo desta integração nos fortalece, sobretudo, porque é neste diálogo que formamos profissionais que primam em fazer o melhor, que se destacam por seus projetos, que são referência em suas áreas de atuação”, disse André Avezum, coordenador do curso. A professora Rita Fantini lembrou as muitas possibilidades de atuação na profissão de arquiteto. Mas ressaltou a responsabilidade deste profissional como um agente que concebe o desenho da cidade. Sendo assim, ele é um elemento-chave para o desenvolvimento da cultura urbana.

O estudante Pedro Augusto Verdun destacou que, por causa da palestra, pode conhecer Ribeirão Preto de uma forma diferente. “Passei a ter uma nova visão sobre os problemas que envolvem as habitações de interesse social na cidade”, contou. O aluno Jalison Alves dos Reis observou que a atividade interferirá na maneira como seu projeto será elaborado. “Temos, agora, muitos elementos para considerar. A experiência de gestão pública que ele compartilhou foi muito significativa. Acredito em uma Arquitetura que conscientiza, que promove e educa. Afinal, o desenho urbano influencia, diretamente, as pessoas e a forma como elas vivem. A palestra agregou muito. Foi edificante para mim”, disse Reis.

 

 

 

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