Núcleo Interáreas de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade, do Moura Lacerda, trouxe em Live a discussão sobre “Open Science”

         

   O Nieped (Núcleo Interáreas de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade), do Centro Universitário Moura Lacerda, de Ribeirão Preto (SP), realizou a Live “Acesso aberto: configurações atuais e tendências futuras”. O tema central foi a “Open Science” (Ciência Aberta), conceito muito reforçado, hoje, por conta da pandemia de Covid-19, que colocou na pauta do debate mundial a necessidade do compartilhamento rápido de dados e descobertas científicas.

            A palestrante convidada para a atividade foi a professora doutora Chloe Furnival, do PPGCTS-UFSCar (Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade Federal de São Carlos-SP). A organização e a mediação foram da coordenadora do Nieped, professora doutora Daniela Leal. A Live aconteceu no último dia 11 e foi transmitida pelo canal da instituição de ensino no YouTube.

Chloe Furnival

            Chloe Furnival contextualizou o momento atual e mostrou como a busca pela cura da Covid-19 determinou uma nova situação de emergência global de saúde pública. “Cientistas no mundo inteiro estão unidos e abertos nesta guerra da ciência contra o novo coronavírus. Este cenário fortaleceu o debate sobre a ‘Open Science’”, afirmou.

            “Open Science” é uma expressão utilizada para enfatizar a importância da democratização do acesso à pesquisa, principalmente, por meio das novas tecnologias digitais. Este movimento cada vez mais forte reflete como as novas tecnologias impactam a produção do conhecimento científico e permitem que pesquisadores tenham um diálogo aberto e mais ágil para se posicionar de forma mais colaborativa em busca de resultados mais seguros e promissores.

Pela democratização e valorização da ciência

            O chamado “acesso aberto” possibilitado pela “Open Science” permite disponibilizar a qualquer pessoa conteúdos científicos necessários àquele momento da história humana. Este conhecimento específico é, portanto, tratado como “bem público”. Este movimento é contrário aos modelos de publicação paga, que fazem girar, ainda hoje, um mercado editorial gigantesco e restringe o acesso, já que as assinaturas destas publicações tendem a ser muito caras.

   A professora Chloe Furnival, durante a Live do Nieped, lembrou que, atualmente, a disponibilização de artigos à sociedade pode acontecer pela “Green Road” (Via Verde) – repositórios institucionais de acesso livre, que funcionam como depósitos para a divulgação de publicações científicas feita pelo próprio autor da pesquisa, com o “sinal verde” de editor.

A professora Chloe Furnival, durante a Live do Nieped, lembrou que, atualmente, a disponibilização de artigos à sociedade pode acontecer pela “Green Road” (Via Verde) – repositórios institucionais de acesso livre, que funcionam como depósitos para a divulgação de publicações científicas feita pelo próprio autor da pesquisa, com o “sinal verde” de editor.

            Outro caminho é pela “Golden Road” (Via Dourada), com pressupõe a participação de revistas científicas abertas, ou seja, periódicos eletrônicos com acesso livre na Internet, sem restrição quanto ao seu uso. Neste modelo, porém, os autores poderão ter que pagar uma taxa de publicação conhecida como APC (Article Processing Charge).

Debate importante

Daniela Leal

            Daniela Leal salientou a importância deste debate, já que o “acesso aberto”, além de ser eficiente no combate ao plágio de produções universitárias, oriundas de projetos de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, é, sobretudo, uma maneira de favorecer o diálogo acadêmico, tornando o conteúdo científico público e útil a toda a sociedade.

            “O ‘acesso aberto’ tende a estimular que mais pessoas se interessem pela produção do conhecimento científico. O Núcleo Interáreas de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade acredita neste movimento como um meio de democratizar e valorizar o trabalho do pesquisador. Os repositóriosinstitucionais presentes na ‘Green Road’ têm um papel fundamental na preservação da memória científica acadêmica”, completou a coordenadora do Nieped.

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