Alunos dos 3º e 4º anos do Curso de Direito do Moura Lacerda, de Ribeirão Preto (SP), promoveram, no dia 3 de março, uma Audiência de Conciliação Simulada para os calouros da graduação. A partir de um caso hipotético, criado especialmente para a atividade, os estudantes representaram os papéis de autores, réus, advogados, conciliador e escrevente e apresentaram o trabalho realizado no Anexo do JEC (Juizado Especial Cível) do Centro Universitário. A ação foi supervisionada pela coordenadora do NPJ (Núcleo de Prática Jurídica) da Instituição, professora Mestre Soraia Cochoni Achicar. O evento, realizado no Auditório da Unidade I/Sede, nos períodos matutino e noturno, fez parte do “Trote Cultural” do Direito.

Para Soraia, a atividade foi um sucesso e enfatizou a importância da atuação dos estagiários para o alcance da excelência do trabalho desenvolvido pelo JEC do Moura Lacerda. “Nossos alunos souberam explanar de forma exemplar os procedimentos da Lei 9.099/95, que estabelece o rito adotado nos processos em curso perante os Juizados Especiais Cíveis Estaduais”, disse.

A coordenadora do NPJ também explicou o motivo da escolha em simular um caso de conciliação. “Queremos disseminar a cultura de que, no Direito, não precisa, necessariamente, haver um ‘embate’ entre as partes. Muitos casos podem ser resolvidos por meio de conciliações e mediações, nas quais os envolvidos chegam a um consenso e ambos saem satisfeitos. O acordo evita uma sentença judicial condenatória, acarreta mais economia processual e menos desgaste para as partes, por exemplo”, concluiu.

Família no Direito

A atividade da manhã foi finalizada com o depoimento da ex-aluna Glória Esteves Vieira, de 63 anos, graduada em 2017 e já aprovada no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). “Na vida, as coisas nem sempre acontecem no momento que gostaríamos, mas se batalharmos pelos nossos ideais, seremos bem-sucedidos. Ingressei no Curso de Direito com 58 anos e vivi meu sonho no Moura Lacerda. Espero que os calouros aproveitem muito e tenho certeza de que, no mínimo, sairão daqui pessoas melhores”, afirmou. A advogada ainda deu dicas para os recém-chegados. “Aproveitem a dedicação dos professores, pesquisem, questionem, procurem informações, enfim, sejam curiosos, pois esse é um fator que ajudará muito na formação de cada um”, completou.

Seguindo os passos da esposa, Glória, José Carlos Vieira, de 60 anos, está no 3º período de Direito no Centro Universitário. Funcionário público, ele trabalha como Guarda Civil, em Sertãozinho. “Achava o máximo ver minha esposa estudando. Conseguia ver o brilho nos olhos da Glória quando ela chegava da aula. Quis me sentir assim também, por isso, comecei o curso”, ressaltou Vieira. Não foi só o marido que Glória incentivou. A filha do casal, Adriene Esteves Vieira, 33, é caloura da graduação. Já formada em Letras, trabalha como escrevente no Fórum de Ribeirão Preto. “Meus pais me mostraram que não tem idade certa para ir atrás do que se deseja fazer. Estou muito feliz de estar aqui, quero poder trabalhar com eles um dia”, concluiu Adriene Vieira.

Troca de experiência 

A estudante do 2º período Thainá Karen Ferreira Costa mudou de São Paulo para Ribeirão Preto para cursar Direito no Moura Lacerda.“Atividades como essa são muito importantes para que os novos alunos consigam entender o dia a dia de um profissional da área. O Centro Universitário nos dá várias oportunidades de conhecer a carreira que escolhemos. É sempre muito proveitoso para nós ter contato com a realidade do mercado de trabalho”, destacou.

Para encerrar a atividade noturna, o ex-aluno Brayon Ferreira, graduado em 2017, falou um pouco sobre o seu trabalho e a profissão. O egresso estagiou no JEC durante a graduação e, agora, atua como conciliador no local. “Foi um privilégio poder participar da Audiência Simulada, desta vez, como palestrante. Com ela, podemos ilustrar, na prática, como é nosso trabalho no JEC, tirar dúvidas e motivar os calouros a se dedicarem aos estudos e aproveitarem o máximo possível das atividades, professores e oportunidades que surgirem”, finalizou Ferreira.

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