Eduardo César Leite, do setor de Segurança Humana da ONU (Organização das Nações Unidas), é enfático: para ele, já que os prefeitos em geral não sabem como elaborar projetos que atendam às reais necessidades do povo, cabe aos estudantes universitários assumir esta tarefa. Este pedido de mobilização e conscientização foi feito em palestra, na noite do dia 27 de agosto, para um Auditório “Ilka de Moura Lacerda” além do repleto, com dezenas de estudantes e professores dos cursos de Direito, Economia, Letras, Ciências Contábeis, entre outros, do Centro Universitário Moura Lacerda, de Ribeirão Preto (SP).

Também secretário Executivo do Coplad (Comitê Permanente da América Latina para Prevenção do Crime), programa do Instituto Latino Americano das Nações Unidas, Leite disse que há recursos disponíveis, a fundo perdido, para atender setores básicos da coletividade. Ele citou como exemplo o “ONU Habitat”, “acerca do qual o poder público ou desconhece, ou não sabe como elaborar um projeto ou não quer solicitar”. Esta proximidade entre as Nações Unidades e o Moura Lacerda também poderá ser propiciada com o estabelecimento dos Comitês Regionais de Segurança Humana, projeto em andamento na ONU.

Ao exibir imagens como a de favelas e moradores de rua, Leite provocou a plateia: “Vocês acham, realmente, que quem vive em condições como esta quer estar aí? Não. Foi a sociedade que os empurrou para este estado”. O representante da ONU ressaltou que os governos – federais, estaduais e municipais de quaisquer lugares do mundo – são responsáveis por uma “legião de invisíveis”. “Como as leis nem sempre são para todos, vemos genocídio na fila dos hospitais. E o cheiro do morador de rua, que nos incomoda, é o mau odor da corrupção que levou o dinheiro dos programas sociais sérios”, completou.

 

Núcleos de apoio e pesquisa

A palestra de Eduardo Leite, que também é secretário Geral do Fórum Mundial de Segurança Humana na América Latina e diretor do Instituto de Segurança Humana do Brasil, fez parte do “3º Colóquio em Educação, Diversidade e Direitos Humanos”. A atividade, que se pretende mensal, é promovida pelo Nieped (Núcleo Interáreas de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade), Nuace (Núcleo de Acessibilidade) e NDH (Núcleo de Direitos Humanos) do Moura Lacerda. Toda a noite teve a coordenação de Ana Carolina Massaro, professora do Curso de Direito e presidente do NDH.

Antes da participação do membro da ONU, o coordenador do Curso de Pedagogia e representante do Nuace, Oswaldo Tadeu Lopes, apresentou a linha do tempo de implantação dos núcleos, suas motivações e objetivos. “Assim como todo o planeta, nosso Centro Universitário passou por grandes transformações e evoluiu muito nos últimos 20 e poucos anos. Coube-nos, como parte da força educacional do país, discutir alternativas e apresentar respostas que pudessem acolher a gama de diversidade de nossas estruturas, sejam alunos ou colaboradores. Os núcleos de apoio e pesquisa nasceram desta vontade de também criar algo maior para a sociedade”, salientou. Eduardo Leite disse que o trabalho do Moura Lacerda no Nieped, Nuace e NDH “fará diferença na história da comunidade local”.

A professora Ana Carolina Massaro reforçou o posicionamento do representante da ONU, ressaltando que é na universidade que as ideias podem nascer e prosperar em benefício das pessoas. A noite foi encerrada com uma palestra de Thaís Buzato, professora do Curso de Direito do Moura Lacerda, que lembrou que existem sete itens que determinam a Segurança Humana: Econômica, Alimentar, Saúde, Ambiental, Cidadã, Comunitária e Política. Todo o assunto da noite é tratado no livro “O Universo da Segurança Humana”, escrito pelo professor Edmundo Oliveira, com prefácio de Eduardo Leite – que doou 20 exemplares para a biblioteca do Centro Universitário e presenteou cada pessoa da plateia com um livro.

 

Vontade de mudar o mundo

Mirleide Ribeiro Cruz Braun, de 26 anos, aluna do 3º período do Curso de Direito, afirmou que foi muito importante para sua formação ter participado do “3º Colóquio em Educação, Diversidade e Direitos Humanos”. “A palestra de Eduardo Leite fez despertar dentro de mim um sentimento de que tenho capacidade para ajudar na mudança que o mundo precisa”, contou. Sua colega de sala Milena Palmieri Pereira, 19 anos, achou as discussões “muito construtivas”. “Entendo que as mudanças, as transformações, têm que partir de nós e não dos agentes públicos”, falou.

“A corrupção no mundo está matando os sonhos das pessoas. Temos que repensar nossos caminhos e tomar decisões olhando mais para o coletivo que o particular. É preciso, de verdade, perceber nosso semelhante”, salientou José Rafael Ferretti, de 58 anos, aluno do 7º período do Curso de Direito. Perito Judicial da área trabalhista, ele foi buscar na Graduação do Moura Lacerda “conhecimento para entender melhor a dinâmica do mundo atual”.

 

 

 

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