Realizado pela ONG Habitat para a Humanidade Brasil, evento discutiu moradia digna e programas habitacionais

Thiago Scatena, do Território em Rede; Ana Luísa Figueiredo, do Maitá Athis; e Ana Miranda, professora de Arquitetura e Urbanismo do Moura Lacerda e fundadora do Território em Rede

Pela primeira vez, a cidade de Ribeirão Preto recebeu a Virada da Habitação – iniciativa voltada para o debate e o compartilhamento de ações que estão sendo realizadas sobre o tema da moradia digna. O encontro contou com palestras e oficinas que abordarão assuntos como moradia de emergência, melhorias habitacionais e aluguel social. Gratuito e aberto ao público, o evento aconteceu, no dia 6 de agosto, na Biblioteca Sinhá Junqueira, no Centro, das 12 às 20 horas.

O evento contou com o apoio do Centro Universitário Moura Lacerda, que ofereceu equipamentos para interações com o público. O encontro também teve a presença e a colaboração de 100 organizações, com os objetivos de mapear e apresentar os principais desafios enfrentados pelo setor. A programação iniciou-se com uma roda de conversa sobre a democratização da informação como instrumento de emancipação dos territórios. No período da tarde, às 16 horas, o cronograma retomou com uma discussão sobre lideranças femininas na comunidade. Das 18 às 20 horas, aconteceu uma confraternização.

A Virada da Habitação ocorreu, simultaneamente, em 13 cidades do país. A Habitat para a Humanidade Brasil é uma OSC (Organização da Sociedade Civil) que, desde 1992, atua para combater as desigualdades e garantir que pessoas em condições de pobreza tenham um lugar digno para viver. A iniciativa incide em políticas públicas pelo direito à cidade e soluções de acesso à moradia, água e saneamento, em articulação com diversos setores e comunidades. Ela faz parte da rede internacional Habitat for Humanity, que já beneficiou mais de 35 milhões de pessoas no mundo todo. No Brasil, já foram desenvolvidos projetos em 24 estados, transformando a vida de mais de 197 mil pessoas.

Cláudia Regina Petriceli, representante da comunidade João Goulart; Juscilene Sena dos Santos, da comunidade Cidade Locomotiva; e Cliçia Santos, da comunidade Nazaré

Participação relevante

De acordo Ana Miranda, professora de Arquitetura e Urbanismo do Moura Lacerda, “Ribeirão Preto, segundo o Plano Local de Habitação de Interesse Social, possui um déficit habitacional de 30.423 unidades, o que impõe uma reflexão ampla e participativa e esse foi um dos objetivos do encontro”, disse.

Representantes das entidades e organizações da sociedade civil organizadores da Virada da Habitação de Ribeirão Preto

Para Ana Machado Ferraz, também professora de Arquitetura e Urbanismo do Moura Lacerda, o encontro proporcionou, para a instituição de ensino, uma expansão de conhecimentos para interligá-la ainda mais à comunidade. “Acredito que uma das questões de importância do evento tenha sido a extensão do papel da universidade para além dos muros. Foi possível pensar como podemos, através desses momentos, conectar os nossos saberes com os dos cidadãos e, efetivamente, nos aproximar do nosso lugar de fala que é a cidade e seus usuários”, afirmou.

A arquiteta e urbanista Natasha Marcela Vital, ex-aluna do Centro Universitário, ressaltou a relevância da participação do Moura Lacerda no evento, uma vez que a instituição de ensino colaborou para a formação de diversos agentes da sociedade civil. “São profissionais que estão totalmente relacionados ao tema da habitação e possuem um papel importante na promoção de moradia digna juntamente com o poder público”, concluiu.

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